quinta-feira, janeiro 19, 2012

Megaupload

Postado por Renata F.C às quinta-feira, janeiro 19, 2012 0 comentários
EUA acusam Megaupload de violação de direitos autorais.

WASHINGTON, 19 Jan (Reuters) - O Megaupload.com, um grande website de hospedagem de conteúdo, seus fundadores e empregados foram acusados por um júri dos Estados Unidos de um grande esquema de violação de direitos autorais, a última disputa numa guerra contra a pirataria de filmes e músicas.

O grupo, chamado pelos promotores de "Mega Conspiracy", foi acusado de se envolver num esquema que tirou das mãos de detentores de direitos autorais por volta de 500 milhões de dólares e gerou mais de 175 milhões de dólares em rendimentos criminosos, de acordo com a acusação revelada nesta quinta-feira.

"Em troca de pagamento, a Mega Conspiracy fornece reprodução e distribuição rápida de obras registradas a partir de seus servidores localizados ao redor do mundo", disse a acusação.

Um tribunal federal na Virgínia ordenou que 18 domínios associados ao grupo fossem confiscados. Além disso, por volta de 20 mandados de busca foram executados nos EUA. e em oito outros países.

Os fundadores da empresa -Kim Dotcom, também conhecido como Kim Schmitz e Kim Tim Jim Vestor, e Mathias Ortmann- foram indiciados. O vice-presidente de marketing e responsável pelo setor de vendas, Finn Batato, o responsável pelo setor de desenvolvimento Sven Echternach e outros funcionários da empresa foram também detidos.

As acusações incluem violação de direitos autorais e conspiração para realizar extorsão, violação de direitos autorais e lavagem de dinheiro.

Dotcom, Batato, Ortmann e outro indivíduo foram detidos em Auckland, Nova Zelândia, por autoridades locais nesta quinta-feira, disse o Departamento de Justiça dos EUA. Echternach e dois outros continuam em liberdade.

As acusações emergem em um momento em que o Congresso norte-americano tem dificuldades em função de legislação promovida pelas indústrias do cinema e da música para reduzir a pirataria online e o roubo de conteúdo. Grandes sites como o Google e o Facebook se opuseram e afirmaram que, da maneira como a legislação foi redigida, ela levaria à censura.

(Por Jeremy Pelofsky)

terça-feira, janeiro 17, 2012

Por Francisca Serrão*

Postado por Renata F.C às terça-feira, janeiro 17, 2012 0 comentários



DESAFIOS PARA A EFETIVIDADE DA LEI MARIA DA PENHA

Por Francisca Serrão*


A violência contra a mulher é um fenômeno muito “democrático”, pois acontece em todas as classes sociais, idades, etnias, credos, tipos de família e localização geográfica. Ela se manifetsa de diversas formas e é conseqüência de uma sociedade machista e patriarcal.

A violência de gênero é reforçada, reafirmada e perpetuada a todo momento na mídia, nas famílias, escolas, igrejas, locais de trabalho, na política, nos espaços públicos, na cultura, na legislação etc. Nesses espaços, os discursos ainda reforçam que a “missão” da mulher é cuidar dos filhos, da casa, dos maridos, dos doentes e dos idosos, mas ao mesmo tempo tais funções são socialmente desvalorizadas. Além de as mulheres não serem incentivadas a cuidarem de si e de suas vidas, muitas acabam assumindo múltiplas jornadas de trabalho, comprometendo sua realização pessoal e, muitas vezes, a própria saúde.

As igrejas freqüentemente afirmam que as mulheres devem se esforçar para ser “puras” acima de tudo, reforçando também a idéia de que elas são maledicentes, imorais, frágeis e pecadoras. Às mulheres, se pede paciência e submissão, penitência e sacrifício. Reitera-se assim uma interpretação misógina do mito da expulsão de Adão e Eva do Paraíso, ou seja, a mulher é a pecadora que seduz o homem inocente e o faz pecar e, por isso, todos os sofrimentos do mundo são percebidos como conseqüência da desobediência da mulher. As igrejas muitas vezes reforçam ainda uma dupla moral para os homens: maridos traem, agridem, estupram e mal são admoestados, enquanto que elas são orientadas a perdoar seus agressores, mas não são incentivadas a fazer uma denúncia e a dar um basta nas agressões covardes que sofrem. Todo esse ideário faz com quem a desigualdade de gênero seja reforçada e, pior, sacralizada, legitimando em grande medida a violência contra as mulheres. Não é a toa que ainda enfrentamos tantos desafios para a implementação da Lei Maria da Penha, criada em 2006 para coibir a violência contra as mulheres no Brasil.

A Lei Maria da Penha é um excelente instrumento, mas o machismo de magistrados/as, policiais, delegados/as e da sociedade em geral ainda dificulta seu cumprimento. As denúncias aumentaram com a implantação da Lei e, com isso, aumentou a visibilidade do grave problema social que é a violência contra a mulher, mas ainda assim em muitas localidades existe uma enorme disparidade entre a quantidade de denúncias e a quantidade de inquéritos, ocorrendo também uma demora injustificável para a punição dos agressores. Com tamanha morosidade e tantos descasos, muitas mulheres desistem de seus direitos e muitas outras são levadas a desistir pela pressão da família do agressor e, às vezes, por interferência até de sua própria família. Dessa forma, muitas vezes elas acabam sendo vistas como não merecedoras de justiça e são tidas até mesmo como culpadas pela agressão que sofrem. E elas não encontram apoio nem mesmo nas igrejas e templos que freqüentam.

São muitos os desafios a superar para que a Lei Maria da Penha possa ter um resultado realmente significativo no combate à violência contra a mulher e, dentre tantos outros, podemos citar: a necessidade de mais delegacias da mulher e que elas funcionem ininterruptamente; orçamento público que garanta a implementação de políticas públicas que tornem humanizados os atendimentos às mulheres que sofrem violência; integração de todos os serviços em uma rede de atenção às violência contra as mulheres; enfrentamento em todas as esferas governamentais da desigualdade de gênero e dos diversos tipos de violência que ela acarreta; capacitação sobre gênero para todos os/as profissionais que atuam nas instituições que atendem as mulheres ofendidas pela violência, principalmente a doméstica e familiar. Assim, os principais desafios que precisam ser superados urgentemente são:
Delegacia da mulher em TODOS os municípios do Brasil;
Atendimento às mulheres que sofrem violência que funcionem dia e noite em todos os dias da semana, incluindo sábado, domingo e feriado;
Promoção de educação não-sexista;
Agilidade na punição dos agressores;
Criação do Fundo de Defesa da Mulher (FDM);
Inserção, no orçamento de todas as instituições governamentais e não governamentais, de recursos e programas para o combate a violência de gênero;
Implementação e o fortalecimento das Redes de Atenção à Violência doméstica em todo o território nacional


Como mulheres católicas, também queremos que as religiões sejam intolerantes com o machismo e com homens agressores; que acolham as mulheres em seus anseios e desejos e não as estimulem a ser apenas instrumentos para a realização alheia; que as autoridades religiosas condenem com rigor a desigualdade de gênero e as violências contra as mulheres; que ponham fim na violência simbólica que inferioriza as mulheres e ainda é tão presente nos discursos religiosos; que ensinem mulheres e homens que Deus quer um mundo bom e justo para todas as pessoas; que não legitimem mais nos púlpitos a violação do direito à dignidade humana das mulheres. Basta de humilhação, indignidade e de qualquer forma de violência contra as mulheres. Já! 


*Francisca Serrão é pedagoga, especialista em gestão, em pedagogia gestora e educação infantil, ativista política, multiplicadora de Católicas pelo Direito de Decidir

segunda-feira, janeiro 16, 2012

Entrevista inédita com Maciel Henrique Silva

Postado por Renata F.C às segunda-feira, janeiro 16, 2012 0 comentários
Espaço do Autor– Janeiro de 2012: confira entrevista inédita com Maciel Henrique Silva

Neste mês de janeiro, o Espaço do Autor da EDUFBA traz uma entrevista exclusiva com Maciel Henrique Silva, autor do livro Pretas de Honra: vida e trabalho de domésticas e vendedoras no Recife do século XIX, publicado pela EDUFBA em 2011. Nesta entrevista, ele fala sobre o processo de concepção e desenvolvimento desta obra e seus projetos profissionais para 2012.
Segundo Maciel Henrique, “Pretas de Honra, mesmo sem saber, estava sendo gestado nos momentos em que lavei louça, conduzi água das barragens para casa, moí milho, assei bolo, ajudei a lavar vísceras de animais, auxiliei minha mãe a lavar a roupa da família. Percurso longo, culminando com o interesse e o suporte indispensável das editoras universitárias da Universidade Federal da Bahia e da Universidade Federal de Pernambuco.”

 

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